Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) feito com 2.469 prefeituras mostra cenário do desabastecimento de medicamentos nas cidades. A pesquisa constatou que mais de 80% dos gestores relataram sofrer com a falta de remédios para atender a população. A pesquisa também levantou o número de municípios que optaram pelo retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em razão do aumento de casos da Covid-19 e de outras Síndromes Respiratórias Agudas (SRAG).
São preocupantes os dados levantados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em relação ao desabastecimento de medicamentos essenciais nas farmácias básicas municipais. Conforme o levantamento, a falta do antibiótico amoxicilina, por exemplo, foi apontada por 68% (1.350) municípios que responderam à consulta da CNM. Já a ausência de dipirona (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) foi informada por 65,6%, ou 1.302 prefeituras.
Realizado de 23 de maio a 20 de junho com 2.469 municípios, o levantamento apontou que mais de 80% das gestões municipais alegaram falta de algum tipo de medicamento na rede para atender seus habitantes. A partir da lista apresentada, as prefeituras informaram que também há desabastecimento de remédios especializados.
Sobre insumos (seringas, gazes, agulhas e atadura), 28,5% dos municípios que responderam à pesquisa apontaram a falta de pelo menos um desses materiais. Quanto à obrigatoriedade novamente da utilização da máscara devido ao aumento dos casos de Covid-19, 21,1% das gestões municipais disseram que voltaram a exigir máscaras, e 75,5% informaram que não retomaram a medida.
Para o desabastecimento, entre outros fatores, relatados pelos gestores na consulta da CNM, estão problemas no fornecimento pelo Ministério da Saúde, protesto de funcionários em portos e aeroportos, questões envolvendo a política internacional como dificuldades de importação de insumos, causada pela guerra na Ucrânia e do lockdown na China.
A falta tanto de medicamentos básicos quanto especializados é grave, já que muitos dos pacientes precisam tomar diariamente e não têm condições de comprá-los. Esse é um problema para ser resolvido com a mais urgência na lista de prioridades.
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